Racionamento: falta de chuva ameaça consumo de energia no Brasil

15.07.21

Racionamento: falta de chuva ameaça consumo de energia no Brasil

Seca intensa em todos os estados brasileiros deixa níveis dos rios muito baixos e reacende alerta sobre redução obrigatória do consumo de energia no país.

Você sabe por que o risco do racionamento de energia cresce quando chove pouco no Brasil? Cerca de 65% da produção de energia brasileira é gerada nas hidrelétricas! 

Assim, quando ocorre escassez de chuva, os níveis dos rios ficam muito baixos e aumenta o risco de racionamento.

Atualmente, todas as regiões do país apresentam reservatórios com níveis abaixo da média histórica. Há 91 anos não enfrentávamos no país um período tão seco, com tão pouca chuva, e as projeções não são animadoras.

Confira a situação dos reservatórios

Em julho, o nível dos rios que abastecem as hidrelétricas deve continuar abaixo da média histórica, segundo prevê o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). 

A situação mais delicada está focada nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, que concentram 70% da capacidade de armazenamento.

A previsão é que a região Sudeste, em conjunto com a Centro-Oeste, termine o mês de julho com os reservatórios em 26% da capacidade. Ou seja, quase um quarto do total. Já a região Sul deve ficar com os reservatórios com 45% da capacidade. Enquanto isso, o Nordeste deve terminar o mês com 53% da capacidade e a região Norte com 80% dos reservatórios cheios.

O governo federal já lançou uma campanha para o consumo consciente de água e luz, mas descarta a possibilidade de racionamento.

Brasileiros tiveram que reduzir o consumo de energia em 2001

Você lembra como foi o racionamento de energia no Brasil em 2001? Nesta época, a população foi obrigada a reduzir o consumo de energia em 20%. Quem não cumpria a meta corria o risco de ter a energia cortada por vários dias. Essa era uma forma de punir quem não estava colaborando. Além disso, os consumidores que não participavam do racionamento pagavam um adicional na conta de luz, que variava de 50% a 200%.

Naquela época, o racionamento energético durou quase oito meses, entre 1 de julho de 2001 e 19 de fevereiro de 2002. De acordo com uma nota divulgada pelo Ministério de Minas e Energia, apesar de a energia hidrelétrica ser a principal matriz no país, desde 2001, a participação dessa fonte tem cedido espaço a outras, como a eólica, termoelétrica e solar.

Assim, o governo acredita que a diversificação da matriz energética vai colaborar para a redução da dependência à hidroeletricidade, uma das principais vulnerabilidades identificadas no racionamento observado em 2001.

Quais as consequências de um racionamento para a sociedade?

Tudo indica que a conta desta situação de escassez de chuvas será paga pelo consumidor. Ou seja, junto com o risco do racionamento, os custos para evitar o apagão devem ser pagos por meio de uma taxa. 

Uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada em junho, informa que o governo prepara uma medida provisória (MP) para um possível programa de racionamento de energia no Brasil. De acordo com a reportagem, a medida prevê uma possibilidade de adoção prioritária da termoeletricidade, sendo o aumento dos custos pagos pelo consumidor, por meio de taxas na conta de luz.

Foi assim que aconteceu no passado, em situações de escassez hídrica, quando geradores contabilizaram prejuízos, pois estavam produzindo menos energia para cumprir as determinações impostas pelo governo.

Setor de energia trabalha para evitar racionamento

O Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que as instituições do setor energético estão trabalhando para garantir que não haja risco de racionamento de energia no país por conta da crise hidrológica.

Em audiência pública da Comissão de Minas e Energia, da Câmara dos Deputados, no fim de junho, o ministro Bento Albuquerque alertou sobre a importância de medidas que evitem o risco de interrupção no fornecimento em horários de pico e a dependência do próximo período úmido.

Campanha incentiva uso racional de energia

O problema da falta de chuvas, entretanto, é um tema recorrente em discussões no governo. Desde maio, uma Sala de Situação, instalada na Casa Civil da Presidência da República, monitora a situação hídrica do país. 

O plano de ação do governo, posto em prática em outubro de 2020, tem 40 itens, como o acionamento das usinas termelétricas; o aumento da importação de eletricidade da Argentina e Uruguai; e uma campanha para estimular o uso racional de energia; além de um programa com a indústria para reduzir o consumo no horário de pico.

Em entrevista a jornalistas estrangeiros, Bento Albuquerque comentou a crise hídrica no Brasil. Para ele, essa situação não ocorre só aqui no Brasil, pois é um processo de mudança climática.

Ainda sobre o uso racional da energia, A IP Minas também vem fazendo a sua parte em relação à redução do consumo da energia elétrica. Nossa meta é realizar um trabalho consciente de modernização da iluminação pública, contribuindo para a diminuição do risco de um racionamento energético. 

Por

Ip Minas


O IP MINAS assumiu a modernização da iluminação de Ribeirão das Neves com a missão de atualizar 26 mil pontos de luz, que serão substituídos por luminárias de LED, envolvendo 25 praças, campos de futebol, além de pistas de caminhada e outros espaços coletivos.

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